
Ah! se pudesse entender o que era aquilo tudo, aquela sensação que a tomava aos fins de semana, aquela saudade daquele menino chato que pegava no seu pé mas que também tinha um cheiro bom de roupa lavada...E ficou ali a conjecturar sobre todas essas coisas, essas curiosas coisas da vida, quando o Pedrinho com dois copos de refrigerante chega perto dela e diz: "Ó,pra você!" e ela num sorriso lindo vermelho escarlate, pega o copo, bebe um bocadinho, levanta os olhos e diz: "Tá bom, te pedôo Pedlinho, mas plomete que nom me chama mais de pêxe morto"? "Hum, ah não sei,Aliela você fica chata tem hora!!" "Ah Pedlinhoooo!" "Tá bom, num chamo mais não e você também não me xingue!" "Tá bom!" E saíram os dois de volta para o salão, de mãos dadas e pensamentos soltos que tava na hora de dançar, que a vida era festa, pura e cristalina, antes da primeira desilusão de verdade, do primeiro "não" doído ou suspiro desiludido.A vida para eles por enquanto, era aquilo ali, o brigar e desbrigar, o fazer as pazes e o brincar, verbos que a gente parece esquecer quando começa a crescer.
Imagem: Getty images
Um comentário:
Bonito texto!
Postar um comentário