26 de nov. de 2008

Pintara


Pintara as paredes de seu coração de um vermelho vivo, escarlate. Havia anos que esperava por alguém que ali viesse morar e essa era uma ótima oportunidade, pois as festas de fim de ano se aproximavam. Nada como um amor novo às vésperas do aniversário do senhor, diziam muitos, e foi confiando nessa premissa que resolvera sair de casa depois de tanto tempo. Colocou o vestido comprido, passou o perfume que a deixava leve e saiu com a bolsa nas mãos e o coração em polvorosa. Nas ruas as vitrines estavam cheias de motivos natalinos e as pessoas andavam cheias de sacolas e presentes e ela pensou como sentia saudade do tempo em que o pai armava a árvore de natal na sala e a mãe enfeitava a porta com a guirlanda comprada num passado distante. Fazia tempo que seus pais não acreditavam mais na força do natal, e ela percebeu que também tinha esfriado com o tempo. Tudo estava tão diferente agora e o peso dos anos já começava a incomodar seu coração. De súbito seu olhar cruza com um rosto conhecido e qual não foi sua surpresa ao ver que aquele rosto se aproximava.

3 comentários:

Pipa disse...

O natal é tão vermelho.. Por isso acho que os corações sempre batem em um ritimo natalino.

=)

vitor oliveira jorge disse...

Conhece o meu blogue? Tem muitos poemas e outras coisas que julgo interessantes...inscreva-se como seguidora!
http://trans-ferir.blogspot.com
Saudações
Vitor O. Jorge

Marco disse...

Olá, amiga.
Reformou a casa? Ficou boniiiito!
O seu poema me fez ver o "filme" direitinho da história que você contou. Carpe Diem. Aproveite o dia e a vida.