2 de mar. de 2010

Para Lizane

                             Era assim: Toda vez que tocava uma música que gostava,
 ela,não satisfeita em apenas ouvi-la, corria a tocar no aparelho de som. 
Comovida e de olhos fechados,
 deixava que a música soasse cada vez mais alto,
 e embebida que estava, volvia a deslizar suas mãos ao longo do objeto multicor. 
O mesmo objeto que despia durante todo o dia,  
as mais variadas canções;
 desde as antigas, que a lembravam da infância e juventude,
 às mais novas, 
que num embrulho tosco podiam ser descartadas ao longo dos dias. 
Comprado numa época remota por um preço módico,
 o objeto multifônico compartilhava com ela as mais profundas sensações. 
E era só uma música preferida tocar
que lá estava ela;
alisando freneticamente as curvas radiofônicas,
 numa tentativa avassaladora de ao tocá-las,
 transpor para dentro de si,
 as músicas tão queridas , 
uma à uma,
 pela boca 
escancarada. 

4 comentários:

ticoético disse...

e eu faço justamente o contrário agora entendo,a questão está em por pra dentro e não berrar pra fora,hehehe,brincadeiras à parte,achei belo este texto sambinha-canção,enfim,bela.
abraço e obrigado sempre(:

Karina Cedeño disse...

A música é um dos melhores meios de transporte que conheço. E pra isso basta que ela chegue até nossa alma.

Manú, tem um presente pra ti lá no meu blog!

Beijos!

Camila Fonseca disse...

NOSSA QUE BLOG SHOW!!!! NÂO ACREDITO Q Ñ TINHA VISTO AINDA!!!!
AMEI!!!
VALEU A PRESENÇA E O COMENTÀRIO NO MEU POSTE BEIJOS!!!!!!!!!!!!

Francine disse...

A música é um instrumento poderoso mesmo, sempre inspira lindas poesias. E é preciso devorá-las para sentir todo o sabor de uma bela canção.

Beijos!